Junho de 2018 – Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), e Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), se reuniram com o presidente Michel Temer nesta quinta-feira (28), em Brasília, em busca de soluções para a contenção dos problemas financeiros enfrentados pela indústria editorial brasileira.
Além das lideranças das entidades do livro, estiveram presentes no encontro o editor Jorge Carneiro, que preside o Grupo Editorial Ediouro e as editoras Nova Fronteira e Agir; e Luiz Fernando Emediato, editor da Geração Editorial.
Na reunião, os representantes do setor editorial manifestaram preocupação quanto ao aperto financeiro que o varejo de livros vem sofrendo, especialmente nos últimos três anos, quando viu seu faturamento cair cerca de 20%. A perda de capital de giro das principais redes varejistas levou à renegociação de contratos e à postergação de pagamentos às editoras, colocando em risco a saúde do mercado livreiro.
Contra o avanço da crise, o setor solicitou ao presidente da República a criação de mecanismos de alongamento das dívidas e apoio no financiamento das editoras. Temer aproveitou a presença do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, que tinha agenda no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, para chamá-lo para o encontro. Caffarelli se prontificou a marcar uma reunião com os editores para tratar da criação de linhas de crédito para a indústria livreira.
Temer também se comprometeu a intermediar o contato do setor editorial com Dyogo Oliveira, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para um futuro encontro sobre o mesmo tema.
Estreitamento das relações com o governo
Para Marcos da Veiga Pereira, à frente do SNEL, a reunião com Michel Temer foi um marco no estreitamento da relação do setor editorial com o governo. “O presidente se mostrou muito solidário e atento aos problemas da nossa indústria, tendo uma atitude efetiva para colher soluções ao que propusemos e para pensar em novas políticas para a indústria do livro”, afirmou Pereira. “A rapidez com que fomos atendidos indica seu entendimento sobre o senso de urgência que o setor apresenta”, completou.
Luís Antonio Torelli, da CBL, destacou o reconhecimento dado à indústria do livro: “A acolhida do presidente ao pleito do setor foi de extrema importância e um grande passo para nós. Ele se disse aberto a sugestões que o mercado apresentar para seu melhor funcionamento e estruturação. Isso só reforça o quanto o setor é relevante para o desenvolvimento país”.