O escritor peruano Mario Vargas Llosa, de 74 anos, ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 2010. Em um comunicado, o comitê sueco responsável pela premiação informou que Vargas Llosa recebeu o prêmio “por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual”. Entre suas obras, estão “A cidade e os cachorros” (1963), “Pantaleão e as visitadoras” (1973) e “Travessuras da menina má” (2006) – todos editados no Brasil pela Alfaguara (selo da Editora Objetiva). Seu novo romance, “O sonho do celta”, está previsto para ser lançado na Espanha no dia 3 de novembro. No Brasil, a previsão de lançamento é em julho de 2011.
Peter Englund, presidente do júri de literatura do Nobel, afirmou que Vargas Llosa se disse “muito comovido e feliz” ao saber do prêmio. O escritor está em Nova York, onde leciona na Universidade de Princeton, Nova Jersey.
Nascido em 28 de março de 1936 em Arequipa, no Peru, Vargas Llosa é considerado um dos maiores nomes da literatura em língua espanhola. Ele recebeu cidadania espanhola em 1993 e já escreveu mais de 30 romances, peças de teatro e ensaios. Entre as obras de destaque estão “Conversa na catedral” (1969) e “A casa verde” (1966). Em 1986, conquistou o importante prêmio Príncipe de Asturias; em 1993, o Planeta e, em 1995, recebeu o Cervantes – o mais importante prêmio literário da língua espanhola. Sua carreira também é marcada por polêmicas, como seu rompimento com o escritor Gabriel García Márquez.
Entre os cotados para receber o Nobel este ano estavam o argentino Juan Gelman, o mexicano Carlos Fuentes, os espanhóis Javier Marías e Juan Marsé e o paraguaio Néstor Amarilla, entre outros. O prêmio é de 10 milhões de coroas (US$ 1,5 milhão).
Em 2009, o prêmio foi dado à escritora alemã Herta Müller, 12ª mulher a vencer o Nobel de Literatura. O último autor hispânico a receber a premiação foi o mexicano Octavio Paz, em 1990. O escritor colombiano Gabriel García Márquez recebeu o prêmio em 1982. Também já receberam o Nobel de Literatura o escritor guatemalteco Miguel Angel Astúrias (em 1967) e os chilenos Gabriela Mistral (em 1945) e Pablo Neruda (em 1971).
Fonte: Globo on line