Acompanhado de seus mais famosos personagens, Mônica e Cebolinha, Mauricio de Sousa recebeu o Prêmio José Olympio, na cerimônia de abertura da XVII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. O desenhista, que completa 80 anos em 2015, é um dos homenageados do evento. Bastante emocionado, ele celebrou a influência de suas criações:
“Vivo um momento marcante nesta Bienal. Ao todo, lançarei 42 livros por diferentes editoras. É o maior número de lançamentos meus em uma feira. As pesquisas dizem que a “Turma da Mônica” é a maior alfabetizadora do pais. Nossos gibis fazem parte de uma bela coleção de cartilhas informais”.
O quadrinista que já criou 400 personagens e teve 1 bilhão de revistas publicadas desde 1970, quando do lançamento de “Mônica”, saudou a filha que inspirou sua personagem mais famosa. Na plateia, a Mônica de carne e osso foi aplaudida de pé pelo público presente ao evento.
Instituído pelo SNEL em 1983, essa premiação recebeu o nome de José Olympio Pereira Filho em homenagem ao editor que marcou época, tendo sido um dos primeiros a prestigiar o autor nacional.
Ele mesmo abriu a série de premiações, ao receber, no dia do seu aniversário, 10 de dezembro, o troféu – uma escultura em bronze com a figura de Dom Quixote, criada por Agostinelli. O troféu, desde 2013, é de autoria da artista plástica Marli Mazzeredo.
Nas últimas edições da Bienal foram agraciados Saraiva S/A Livreiros Editores, representado pelo seu diretor-presidente, Jorge Saraiva Neto (2013), Biblioteca Parque de Manguinhos, tendo sido o prêmio entregue ao Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (2011) e as Organizações Globo, representada pelo jornalista e empresário José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho e vice-presidente das Organizações (2009).
Em 2015, o prêmio foi entregue por dois dos quatro bisnetos de José Olympio, Eduardo e Arthur, filhos de Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros.