Na última quinta-feira, 24, os alunos da segunda edição da Academia Editorial Júnior receberam Daniel Louzada, proprietário e livreiro da icônica Livraria Leonardo Da Vinci. O bate-papo, que durou cerca de três horas, contemplou, entre outros assuntos, o papel social das livrarias no país, o legado e futuro delas, além da posição do livro – e do momento de leitura – em uma sociedade cada vez mais acelerada.
Conhecendo a fundo o mercado livreiro do Brasil, Daniel fez uma análise realista do atual panorama do setor, dando como exemplo sua vivência nas estantes da Da Vinci. “Somos a livraria mais antiga do Brasil, conceituada, com um ‘nome’. Temos uma realidade que, convenhamos, é privilegiada em comparação com o resto do setor”, apontou Louzada, que instigou os acadêmicos ao perguntar se, no trajeto que tiveram até a sede do SNEL, perceberam alguma livraria aberta. “É um padrão que se assemelha ao dos cinemas aqui na cidade do Rio: nos anos 70, era comum termos salas de esquina em esquina. Assim como livrarias de rua. O que já não acontece mais. Houve uma mudança de padrões, de hábitos de consumo. É preciso estarmos atento a isso tudo”, conclui.
A segunda edição da AEJ, realizada pelo SNEL em parceria com o Nespe, Núcleo de Estratégias e Políticas Editoriais, está chegando à sua fase final. Na Bienal do Livro Rio 2025 os alunos lançarão o livro criado e editado por eles, que funciona como um trabalho de conclusão. Após uma estreia de muito sucesso em 2023, a nova edição teve inicio em janeiro de 2025, sendo um dos projetos participantes da Rio Capital Mundial do Livro.