Refletindo o otimismo da reta final do ano passado e, impulsionado pelo Volta às Aulas, o primeiro período de 2022 traz números positivos para o setor editorial, motivando a cadeia para o que promete ser um ano de menor instabilidade, depois de crises econômicas e dos impactos da pandemia. De acordo com os dados apurados pela pesquisa Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizada pela Nielsen Bookscan e divulgada pelo SNEL, foram vendidos 5,53 milhões de livros em janeiro, um aumento de 22,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas foram de 4,5 milhões de exemplares. Em faturamento, o setor arrecadou R$258,78 milhões, o que equivale a uma alta de 20%, se comparado a janeiro de 2021, que movimentou R$215,59 milhões.
“O número é animador, mas é importante observar os próximos meses, pois parte desse crescimento elástico, bem no início do ano de 2022, está associado ao deslocamento da campanha de volta às aulas, que em 2021, foi atrasada em função do cenário de pandemia.” Afirma Ismael Borges, gestor na ferramenta Nielsen Bookscan no Brasil.
As campanhas dos varejistas para o Volta às Aulas refletiu o bom desempenho do gênero Didáticos, que alcançou 35,1% do faturamento do setor nesse primeiro período do ano, uma variação positiva de 3,5 p.p. em 2022.
Para Dante Cid, presidente do SNEL, a recuperação desse subsetor é fundamental para o equilíbrio do mercado. “Os Didáticos foram profundamente impactados pela suspensão das aulas presenciais em 2020 e o cenário de incerteza de 2021. Com a normalização do ensino, esperamos que haja uma curva ascendente, como a que vimos com livros de Obras Gerais, por exemplo.
Esses são alguns dos dados do 1º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2022, apresentados pelo Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.