Dezembro de 2016 – No dia 7 de dezembro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros realizou na Livraria Travessa do Leblon uma homenagem a Sergio Machado, ex-presidente do Grupo Editorial Record e do SNEL, falecido em julho deste ano.
O evento reuniu editores, autores e acadêmicos com o propósito de celebrar o legado de Sergio para o cenário editorial brasileiro, ao lado de amigos e familiares.
Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, fez a abertura de uma série de discursos em memória do editor, que presidiu o sindicato entre os anos de 1993 e 1999. “Este é um evento de celebração da vida do Sergio e da imagem dele que a gente guarda e vai levar para a vida inteira”, introduziu.
Marcos destacou a atuação positiva de Sergio na profissionalização do setor editorial brasileiro. “Ele era um grande amante da indústria do livro, e teve um papel fundamental em negociações muito importantes para o mercado”.
O dono da editora Sextante também lembrou com admiração do período em que estudou com Sergio em Harvard, no ano de 1997. “Na época, ele me acolheu como um jovem editor e com a maior generosidade. Pude vê-lo em ação numa sala de aula, com toda a sua força e assertividade”, disse Marcos.
Na sequência, a escritora e acadêmica Nélida Piñon emocionou os convidados com sua fala bem-humorada e afetuosa sobre a convivência com Sergio e a família Machado, incluindo Alfredo Machado, pai de Sergio, que foi presidente do SNEL entre 1987 e 1990.
Já o editor Paulo Rocco comentou sobre a “tarefa nada pequena de fazer a sucessão de Sergio na presidência do SNEL”, de 1999 até 2008, e expressou gratidão às memórias que deixou: “O que é a saudade que sentimos diante de tantas recordações? Obrigado, Sergio, seu legado já é história”.
Ao final, a família de Sergio – representada pelas as filhas Roberta e Rafaella Machado e a irmã Sônia Jardim – relembrou momentos marcantes do convívio pessoal e profissional.
“Queremos celebrar com alegria o que ele representou para nós”, afirmou Sônia, presidente do SNEL de 2008 a 2014 e atual presidente da Record.
Roberta leu uma carta ao pai. “Celebrar a vida dele dentro de uma livraria, com o mercado editorial aqui presente, é sem dúvida o formato que ele escolheria. Desconfio que lá no céu, sentado na poltrona da primeira classe, durante todo seu velório, ele dormiu entediado. Mas aposto que aqui, hoje, ele está acordadíssimo, atento, com aquele sorriso largo”, dizia um trecho do texto.
Na plateia, autores como Edney Silvestre, Guilherme Fiuza e Paulo Cesar de Araújo acompanharam uma apresentação com fotos de diferentes fases da vida de Sergio Machado e aplaudiram o tributo.