A cidade do Rio de Janeiro será a Capital Mundial do Livro em 2025. O resultado da seletiva realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi divulgada nesta quarta-feira (04), na França. Pela primeira vez uma cidade lusófona conquista o título, concedido desde 2001 pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
No comunicado enviado ao prefeito Eduardo Paes, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, destacou a importância do título para o desenvolvimento da cultura e da educação.
“Estou plenamente confiante de que o Rio de Janeiro cumprirá os compromissos que assumiu ao se candidatar a este prestigiado título. Além disso, esperamos que, sob sua orientação, a cidade desempenhe um papel ativo na promoção do livro e da leitura e tenha um impacto positivo nas taxas de alfabetização entre os jovens do Rio de Janeiro e de outros lugares”, informou o comunicado.
O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) participou ativamente da construção da candidatura carioca. Além de somar apoios para o pleito, o SNEL, que também promove a Bienal do Livro do Rio há 40 anos, contribuiu com ideias e estratégias de mobilização e possibilidades de parceria para a cidade.
Para o presidente do SNEL, Dante Cid, a vitória do Rio de Janeiro é uma conquista de todo o setor cultural brasileiro.
“Continuaremos promovendo a cidade do Rio de Janeiro como polo cultural e, em 2025, iremos celebrar um ano inteiro de atividades em torno do livro e da leitura. Este título deve ser comemorado por todos que vivem e sonham pela cultura brasileira. Vamos unir editoras, autores, livrarias, governo e todos os leitores para mostrar a importância dos livros para o desenvolvimento da sociedade”, destacou Cid.
A candidatura da capital carioca foi conduzida pela Secretaria Municipal de Cultura, liderada pelo Secretário Marcelo Calero, e contou com apoio de outras secretarias e órgãos do governo municipal, como a Coordenadoria de Relações Internacionais. Além do SNEL, apoiaram a candidatura a GL Events, que também promove a Bienal do Livro do Rio, a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras (ABL), a Fundação Roberto Marinho, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Pen Clube.
“A escolha do Rio como capital mundial do livro além de ser extremamente importante para reforçar a vocação da cidade como capital cultural do país, nos deixa imensamente felizes por estarmos envolvidos desde o início nesse processo de candidatura. GL e SNEL se juntaram com a secretaria de cultura na elaboração de um dossiê potente e transformador tendo a Bienal do Livro Rio de 2025 como um grande polo irradiador das iniciativas de incentivo à leitura. O propósito da Bienal do Livro Rio: “Incentivar o hábito da leitura para mudar o país” segue ganhando proporções cada vez maiores e já estamos trabalhando para mais uma edição inesquecível”, destaca Bruno Henrique, gerente de Marketing e Conteúdo da GL events, organizadora da Bienal do Livro Rio com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Além de sediar por 12 meses uma programação voltada para a promoção do livro e da leitura, a nova Capital Mundial do Livro entra para uma rede de cooperação internacional com as cidades dos anos anteriores.
Sobre a Capital Mundial do Livro
A Unesco seleciona anualmente uma cidade para se tornar a Capital Mundial do Livro, durante um período de doze meses, a partir do dia 23 de abril, conhecido como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor.
As cidades candidatas preparam um dossiê detalhando suas iniciativas e projetos destinados a promover o livro e a leitura. Além disso, a cidade escolhida assume o compromisso de difundir o livro para todas as pessoas e desenvolver programas e atividades relacionados ao tema ao longo do ano.
Recentemente, as cidades selecionadas incluíram Sharjah (2019), Kuala Lumpur (2020), Tbilisi (2021), Guadalajara (2022), Accra (2023) e Estrasburgo (2024).