Setembro de 2017 – Entre 31 de agosto e 10 de setembro, o Riocentro foi cenário de uma grande celebração da literatura nacional. Com mais de 300 autores e convidados, divididos em 360 horas de programação cultural e 190 sessões, a Bienal Internacional do Livro Rio – organizada pelo SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e pela Fagga | GL events Exhibitions – se consagrou com uma verdadeira experiência cultural para toda a família. Em sua 18ª edição, o maior evento literário do país bateu recorde de público e recebeu 680 mil visitantes, superando a estimativa inicial de 600 mil.
Uma das novidades deste ano, a Arena #SemFiltro, com curadoria de Rosane Svartman, fez sucesso entre os leitores e teve 90% de ocupação de sua capacidade. A procura pelo espaço dedicado aos debates de interesse dos jovens – que cresceu de 90 para 400 lugares de 2015 para 2017 – reflete o crescimento dessa parcela do público no evento. Enquanto na última edição os visitantes entre 15 e 19 anos representavam 18% do público, agora eles são 33%. O número é ainda mais animador se comparado com a Bienal de 2007, quando os jovens representavam apenas 11% dos visitantes, e são resultado do investimento do evento na formação de público leitor.
A variedade de temas das mesas propostas por Rodrigo Lacerda para o Café Literário também agradou e o espaço recebeu um público 25% maior que a 17ª edição. O Geek & Quadrinhos, montado pela primeira vez, atraiu entusiastas da cultura pop de todas as idades com as sessões comandadas por Affonso Solano e seus convidados, e em atividades como batalhas medievais, mesa de jogos e área de realidade aumentada, que permaneceram movimentadas ao longo de todo o evento. As crianças também tiverem uma área totalmente dedicada a elas, o EntreLetras, que, a partir das atividades lúdicas propostas por Daniela Chindler, puderam ser inseridas no universo literário.
A melhora do acesso ao Riocentro também contribuiu para o sucesso do evento, já que 56% das pessoas usaram transporte público para vir à Bienal. Outra grata surpresa revelada pela pesquisa deste ano, os visitantes vindos de outros estados foram 14% dos presentes, colocando o evento como um impulsionador da economia do estado. Já sobre o número de exemplares comprados, cada pessoa que passou pelo Riocentro saiu com 6,6 livros, mantendo a média da última edição, com um gasto médio de R$ 25,18.
A Bienal Internacional do Livro Rio agradou quem esteve no Riocentro. A nota dada pelo subiu de 8,4 para 8,6 e 93% das pessoas disseram que voltariam ao evento. Os novos visitantes foram 24% do público – e 76% das pessoas estiveram em edições anteriores. O
saldo positivo ultrapassou o mundo real e se refletiu também nas redes da Bienal. Somente durante os onze dias do evento, o Facebook teve um crescimento de 17% em sua base de fãs e seu alcance quase atingiu quase um milhão de pessoas. Os stories do Instagram também fizeram sucesso e, ao todo, tiveram quase 2,5 milhões de impressões.
“Estamos muito satisfeitos com os números da Bienal. Com o crescimento da programação, atingimos nosso objetivo de proporcionar uma experiência cultural para toda família. É muito bom ver o investimento de todas as editoras em estandes cada vez bonitos e com mais atrações para o visitante”, comentou Tatiana Zaccaro, diretora da Bienal.
Já a vice-presidente do SNEL, Mariana Zahar, acredita que a Bienal tenha sido um ótimo termômetro para o mercado editorial. “Se tivemos uma queda em 2016 no mercado como um todo dos livros, 2017 já marca uma retomada e um respiro para as empresas. Certamente a Bienal contribui significativamente”, afirmou.