Quatro livros por ano. Essa é a média de leitura do brasileiro de acordo com a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, cujos resultados foram apresentados, dia 28 de março, em Brasília, pelo Instituto Pró-livro. Realizada pelo Ibope Inteligência, o trabalho dá continuidade aos levantamentos realizados pelo IPL com apoio das entidades fundadoras: SNEL, CBL e Abrelivros.
No último levantamento, feito de 2007, a média de leitura registrada foi de 4,7 livros. A nova pesquisa mostrou que o livro perdeu espaço para jornais e revista na preferência do leitor.
Uma novidade detectada pelo trabalho é que o professor ultrapassou as mães como principal agente influenciador e estimulador de hábitos de leitura.
“Esse dado mostra a necessidade de se aprimorar programas de transformação do professor em leitor para que ele possa exercer o papel de estimular a paixão pela leitura”, observa a presidente do SNEL, Sônia Machado Jardim, que participou do evento.
A pesquisa mostrou que 65% das pessoas são influenciadas pelo tema do livro para fazer a sua escolha. Também indicou a importância do “boca a boca”, já que 29% das compras são feitas após um livro ser recomendado por uma pessoa conhecida. As livrarias são os principais pontos de venda. Já as bancas de jornal despontaram como o segundo lugar procurado pelo público para a compra de livros – um local que não era citado na pesquisa anterior.
Em relação ao livro digital, o trabalho mostra que ainda está longe de ser uma realidade no país, já que 83% das pessoas nunca leram um livro digital. Dentre os que já tiveram a experiência, 38% admitiram que seus downloads eram piratas.
A pesquisa foi feita entre junho e julho do ano passado. Foram entrevistadas 5.012 pessoas em 315 municípios, representando um universo de 178 milhões de habitantes. Os resultados foram apresentados durante o II Seminário Nacional Retratos da Leitura no Brasil.