A XV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro foi a melhor edição do evento já realizada, na avaliação da presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Machado Jardim.
Entre os dias 1 e 11 de setembro, passaram pelo Riocentro 670 mil pessoas, um número 5% maior do que o registrado em 2009. O recorde de público de toda a história do evento foi atingido no feriado do dia 7 de setembro, quando 110 mil pessoas visitaram a Bienal.
Na opinião de Sônia Jardim, a programação cultural ampla e variada foi a principal responsável pelo aumento do público desta edição da Bienal. Para a sua realização, foi feito um investimento recorde de R$ 4,2 milhões (2,5 vezes maior que o da edição de 2009). Ao todo, foram ao Riocentro 113 autores brasileiros (além de 38 mediadores) e 21 estrangeiros – sem contar os 787 que participaram da Bienal a convite de suas editoras. As atrações tiveram uma plateia de mais de 18 mil pessoas. Somente a Maré de Livros, recebeu 110 mil visitantes.
“Oferecemos grandes atrações ao público em geral, mas também uma programação profissional, importante para a indústria editorial”, destacou Sônia Jardim, citando as palestras do vice-presidente da Amazon, David Naggar, e do Ministro da Educação, Fernando Haddad; do Seminário Brasil-UK, que reuniu editores brasileiros e do Reino Unido, além de encontros com representantes do setor da Alemanha.
Arthur Repsold, presidente da GL events Brasil, holding da qual faz parte a Fagga/GL exhibitions (que organiza a Bienal junto com o SNEL) informou que uma pesquisa de satisfação feita junto ao público indicou que para 99% dos visitantes a ida ao evento valeu a pena, “o que é muito gratificante”. Ele acrescentou que 80 mil professores visitaram gratuitamente a Bienal, um número 15% maior do que em 2009.
Sônia Jardim também destaca que 76% dos visitantes compraram livros:
“A média foi de 5,5 exemplares por pessoa. Trata-se de um crescimento relevante em relação aos números da edição anterior, que foi de 4,8, provavelmente, por conta do preço médio de cada obra, que caiu de R$ 24,00 para R$ 20,60. Isso representa um faturamento de R$ 58 milhões, 12% a mais que a edição passada, e um registro de 2,815 milhões de exemplares vendidos, o que representa um aumento de 15% em relação a 2009”.
Esta foi também a Bienal das redes sociais, com cobertura completa em tempo real da programação oficial do evento. Foram 13 mil “curtidas” no Facebook e 14 mil seguidores no Twitter, onde o evento ficou durante cinco dias entre os Trend Topics Rio de Janeiro. A Bienal levou também aos Trend Topics autores da programação como Lauren Kate, Alyson Noël e Eduardo Spohr. Outra inovação foi o aplicativo para iPhone, cobrindo os mais diversos aspectos da Bienal, que ficou entre os dez mais baixados no segmento de educação da Apple Store.
As novas tecnologias também estiveram em evidência com a Bienal Digital, uma verdadeira degustação na qual os visitantes tiveram a chance de experimentar os mais variados e-readers e tablets, entrando em contato direto com as novidades.
Marca registrada da Bienal, a visitação escolar – com dias reservados para que alunos de colégios públicos e particulares pudessem conhecer o evento – recebeu 145 mil estudantes, contra 120 mil em 2009.
Terminada a XV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, a XVI edição do evento já começa a ser preparada. Anotem a data na agenda: de 5 a 15 de setembro de 2013.