“Boa noite a todos, ou boa tarde, não dá para saber direito aqui dentro. É boa tarde? Obrigada. Boa tarde a todos.
Queria dizer para vocês que eu estou muito feliz de estar aqui neste ambiente, que eu acho que é o ambiente da cultura, do conhecimento e da vontade de saber. Queria cumprimentar o governador do Rio de Janeiro, meu querido parceiro, companheiro e amigo Sérgio Cabral, Queria dar um cumprimento especial, um abraço muito apertado na nossa primeira-dama, uma dama de primeira, Adriana Ancelmo, Cumprimentar também os ministros e as ministras que me acompanham hoje aqui nesta cerimônia, que é muito importante, de inauguração da 15ª Bienal: ministro Fernando Haddad, da Educação; Ana de Hollanda, da Cultura; Helena Chagas, da Comunicação Social, Meu querido parceiro e também muito amigo, Pezão, vice-governador do Rio de Janeiro, apesar de ser muito… é, “pidão”, então. Rima.
Deputada federal, querida Jandira Feghali, Senhor Eduardo Paes, meu querido parceiro, amigo e companheiro, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Senhor Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras, Senhor Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Escritor e cartunista Ziraldo, por intermédio de quem saúdo os autores nacionais e internacionais aqui presentes, Senhora Sônia Machado Jardim, presidenta do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Eu queria te dizer, Sônia, que eu tive a honra de receber de você – das suas mãos – aquela homenagem dos 50… que dá ao Brasil o papel que ele tem, eu acho, no cenário internacional.
Queria também cumprimentar as senhoras e os senhores dirigentes e funcionários da Biblioteca Parque de Manguinhos, e dizer para vocês que é um encantamento. Quem viu como era – como eu vi –, quem viu a transformação feita pelo governo do Sérgio Cabral e do vice-governador Pezão e quem depois assistiu, logo no início, a força e a dedicação de vocês, tem certeza que o nosso país tem, no seu povo, a sua grande força.
Queria agradecer a todos vocês. Cumprimentar o professor Ronaldo Messias Lacerda e a nossa secretária de Educação, Claudia Costin. Por intermédio deles, cumprimento os profissionais da rede de ensino do Rio de Janeiro. Senhoras e senhores representantes do mercado editorial, aqui presentes. Senhoras e senhores jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos. Senhoras e senhores.
A história da Bienal do Livro parece aquelas histórias infantis: era uma vez um evento que reunia 85 expositores, e se destinava unicamente à promoção do mercado editorial. Esse evento foi crescendo, crescendo e a cada biênio sempre alcança um final feliz. Este tem sido o enredo da Bienal. Com números impressionantes a cada nova edição, desdobrando-se em ações que promovem a literatura e ajudam a fortalecer a Educação e a cultura no Brasil. Por isso, como é importante participar, para mim, como Presidenta dessa inauguração.
A principal estrela aqui é o livro, esse companheiro extraordinário que nos permite mergulhar num mundo mágico, um mundo complexo e maravilhoso que é o mundo das ideias que, algumas vezes – e isto é importante – exige esforço; outras vezes, nos diverte e muitas vezes, quando o tempo passa, serve de depositário da nossa memória. Vale aqui repetir uma frase do grande poeta Mário Quintana, de quem eu, especialmente, gosto muito: “o livro traz a vantagem de a gente estar só e ao mesmo tempo acompanhado”.
Poucas, mas muito poucas realizações ao longo da Humanidade têm essa imensa capacidade de trazer a nossa história, a história do nosso país, a história da Humanidade, as tragédias, aquilo que nunca mais pode se repetir, com uma imensa, firme e marcada presença. O livro traz.
Eu sou, como vocês sabem – e aqui eu tenho certeza de que todos os presentes também –, entusiasta do desenvolvimento do nosso país. Acredito que um país precisa de estradas, de portos, de pontes, de aeroportos, de plataformas, de escolas, de hospitais, de bibliotecas. Precisa que haja o fim de algumas dicotomias, como o Sérgio falou aqui. No caso do Brasil, a principal dicotomia era: não era possível crescer e ao mesmo tempo distribuir renda. Nós provamos que sim, é possível crescer e distribuir renda.
Ao provar isso, nós tiramos de uma situação de pobreza milhões de brasileiros. Até maio deste ano eram 39 milhões e meio. Uma Argentina. Quando nós fazemos um processo desses, a gente tem de mudar algumas coisas também e isso também tem que ser concomitante. Nós temos de trazer para o primeiro plano a necessidade de educação e de cultura no nosso país.
Eu sou, desde criança, apaixonada por livro, e eu sei que, para erguer uma nação, nós temos de dar o valor adequado à Educação e à cultura e aos livros. O povo brasileiro, felizmente, ele tem caminhado de um modo firme, de um modo decidido, no sentido de ampliar o seu acesso à Educação, Educação de qualidade.
Está aqui o ministro Fernando Haddad, que esteve presente durante o governo do presidente Lula e está presente no meu governo. Nós fizemos um grande esforço para, da creche à pós-graduação, assegurar que o país tivesse uma melhoria no processo educacional. Reconstruímos universidades que estavam sucateadas, retomamos o ensino técnico, criamos vagas públicas em universidades privadas através do ProUni. Agora estamos num grande esforço para aumentar as oportunidades de acesso ao ensino profissionalizante, assegurando aos jovens de ensino médio esse acesso. Estamos também ampliando as oportunidades para os adultos deste país terem acesso a uma melhoria da sua capacitação profissional. Nos propomos a – até 2014 – ter em torno de cem mil brasileiros estudando nas melhores escolas do exterior, através de critérios meritocráticos.
Mas eu quero dizer a vocês que eu acredito que ainda falta muito para a gente fazer. Nós vamos… nós ampliamos e vamos continuar ampliando as nossas políticas de acesso à Educação e à cultura. Ações como o Vale-Cultura – que eu espero que o Congresso aprove em breve –, o Plano Nacional do Livro e da Leitura, a implantação de bibliotecas – porque fecharam bibliotecas neste país –, as praças de esporte e da cultura, que vamos implantar até 2014.
Todas essas oportunidades, elas precisam também de uma outra iniciativa, que é o acesso ao livro, seja ele o livro clássico – aquele que quem ama o livro gosta, inclusive até de cheirar –, seja o livro digital, nós temos de garantir à nossa população o acesso ao livro, e isso implica, necessariamente, que uma parte da nossa produção de livros tenha de ser acessível, vai ter que ter preços adequados, até porque isso vai criar um mercado imenso. Porque a maior força deste país está, justamente, na enorme capacidade dos nossos queridos brasileiros e brasileiras, de consumir.
Por isso, eu pedi ao Ministério da Cultura e à Fundação Biblioteca Nacional que preparem um programa para o livro popular. Queremos ter uma ação que fomente a produção e a comercialização de livros baratos. Nós sabemos que os projetos, eles são cada vez melhores e mais formatados, quanto mais a gente abre a discussão para os setores que atuam nessa área.
Por isso, eu aproveito esta bienal, que é uma bienal extremamente bem-sucedida, que demonstra uma pujança enorme, eu apresento e lanço aqui o início desse projeto, dizendo a vocês: uma parte é… Nós somos obrigados a apresentar a formulação inicial, mas eu quero dizer para vocês que eu conto com as sugestões, as modificações e todos os aperfeiçoamentos que vocês têm, sem sombra de dúvida, armazenados e podem contribuir conosco.
Eu gostaria de dizer que esse programa, ele pretende ser um estímulo a toda a cadeia – aos escritores, aos editores, aos livreiros, aos atacadistas – mas, sobretudo, àquele brasileiro e àquela brasileira que podem – podem e vão – amar os livros como o Brasil, certamente, tem esse potencial de amar. Um país que produziu um Machado de Assis, no que se refere a um nome de qualidade universal na literatura; e também um país que produziu, para as crianças, um escritor como Monteiro Lobato.
Eu gostaria, então, de aproveitar esta oportunidade para que todos nós nos unamos em torno de uma proposta para que o livro seja, de fato, um bem de cada um dos brasileiros e das brasileiras. Porque é muito bom não só ter acesso ao livro na biblioteca. É muito… é uma experiência única ter acesso a espaços culturais, como a Biblioteca de Manguinhos, mas também, como consumidora de livro, eu quero dizer que é uma experiência única ter seus livros e você poder lê-los na sua casa.
Eu quero parabenizar os realizadores desta 15ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que se empenharam em cada biênio, e sucessivamente, para transformar este evento em um evento de grande sucesso e de padrão internacional.
Eu desejo a cada um dos sujeitos dessa grande experiência muito sucesso, e quero dizer que nós temos de assegurar uma leitura proveitosa dos livros, sejam eles aqueles que eu mais gosto, que são os impressos, mas também dos livros digitais, que atualmente também já superei a minha barreira em relação a eles.
Muito obrigada.”