Com 28 nomes confirmados para compor a programação oficial, a XVI Bienal do Livro – organizada pelo Snel e pela Fagga l GL events exhibitions – já tem seu elenco estrangeiro definido. Entre 29 de agosto e 8 de setembro, o Riocentro receberá representantes dos mais diversos segmentos da literatura mundial, contemplando todos os públicos e reforçando a pluralidade que se tornou uma das marcas registradas do evento. A Bienal promoverá nesta edição encontros com ficcionistas premiados, autores de obras que circulam entre as listas de mais vendidos, especialistas em arte, biógrafos, historiadores e roteiristas, entre outros grandes escritores que compõem o maior e mais variado time de escritores dos seus 30 anos de trajetória.
A lista é capitaneada pelo americano Nicholas Sparks, um dos autores mais lidos no mundo – são quase 100 milhões de exemplares de romances como Diário de uma paixão e Querido John impressos em 45 línguas e devorados por leitores de todas as idades. Outro fenômeno editorial que estará na Bienal é James C. Hunter (EUA), de O monge e o executivo, que já vendeu três milhões de cópias apenas no Brasil. Já a nova literatura erótica, febre mundial, chegará ao evento junto de um de seus maiores expoentes, a americana Sylvia Day (EUA), responsável pelo best-seller Toda sua, enquanto o sempre querido gênero conhecido como chic lit terá como representante a cultuada Emily Giffin (EUA), de romances como Presentes da vida e Ame o que é seu.
A Bienal receberá também o moçambicano Mia Couto, recentemente laureado com o Prêmio Camões – a mais importante honraria relacionada à literatura em língua portuguesa – por conta de obras como Terra sonâmbula e O último voo do flamingo. Já o argentino Cesar Aira, autor de mais de 70 livros – entre romances, contos e ensaios –, vem lançar a tradução para o português de um dos seus trabalhos mais influentes, Como me tornei freira. Nuno Camarneiro, por sua vez, é um dos grandes expoentes da literatura portuguesa contemporânea, autora de Debaixo de algum céu (Leya).
Em uma edição na qual um dos temas discutidos será a cultura de convergência (o livro que vira filme, que vira game, que vira site, que vira livro), destaca-se a presença de Corey May (EUA), roteirista dos jogos eletrônicos Assassin’s creed – um dos mais populares da atualidade, com 50 milhões de cópias comercializadas no mundo. O videogame inspirou a série de livros de mesmo nome, que já vendeu por aqui mais de 450 mil exemplares.
Esse novo modelo foi também responsável pelo êxito de O lado bom da vida, do americano Matthew Quick, que teve os diretos para o cinema adquiridos antes mesmo de o livro ter uma editora nos Estados Unidos. Acabou se tornando um sucesso em ambas as mídias: o filme foi um dos mais aclamados de 2012, com oito indicações ao Oscar, enquanto o livro já vendeu cerca de 200 mil exemplares apenas no Brasil. Quick abordará essa experiência em seu encontro com os leitores durante a Bienal.
A biografia, um dos mais tradicionais gêneros literários, também estará presente na programação cultural por meio das participações das americanas Mary Gabriel, autora do imponente Amor e capital: A saga familiar de Karl Marx e a história de uma revolução (com indicações ao Pulitzer, ao National Book Award e ao National Book Critics Circle), Francine Prose, do celebrado Anne Frank: A história do diário que comoveu o mundo, e Cheryl Strayed, que teceu um comovente relato autobiográfico em Livre, sucesso de crítica e público nos Estado Unidos em 2012 – e agora também no Brasil.
A diversidade segue representada nas não menos importantes confirmações de Will Gompertz (Inglaterra), ex-diretor do Tate Gallery, em Londres, e editor de arte da BBC, que publicará Isto é arte?; Emma Donoghue (Canadá), dramaturga e prosadora, finalista do Man Booker Prize em 2010 com o romance Quarto; Allan Percy (Espanha), que combina filosofia e desenvolvimento pessoal em Nietzsche para estressados; o romancista histórico Javier Moro, de obras como O sári vermelho; e Mark Baker (EUA), autor do popular Jesus: O maior psicólogo que já existiu.
Ao lado do Goethe-Institut, a Bienal do Livro Rio receberá uma delegação com 11 autores da Alemanha – país homenageado pelo evento em 2013 –, que completam o elenco internacional desta edição. São eles: Wladimir Kaminer (Balada russa), Reinhard Kleist (Cash), Manfred Geier (Do que riem as pessoas inteligentes?), Ilija Trojanow (O colecionador de mundos), Ole Könnecke (Anton e as meninas), Julia Friese (ilustradora de Todos os patinhos), Axel Scheffler (O grúfalo), a jovem Olga Grjasnowa (que acaba de publicar sua obra de estreia, Der Russe ist einer, der Birken liebt, inédito no Brasil), a jornalista Carmen Stephan (que lançou em 2012 o romance Mal Aria, ainda não traduzido para o português), Kathrin Passig (autora de contos premiados e tradutora de grandes obras para o alemão) e Bas Böttcher (poeta e recitador itinerante).
No total, a Bienal do Livro Rio 2013 contará com a participação de mais de 100 escritores, grandioso time do qual farão parte nomes dos mais variados segmentos da literatura nacional, que se distribuirão em espaços de bate-papos e interação com o público como Café Literário, Mulher e Ponto, Conexão Jovem, Encontro com Autores e os inéditos Placar Literário e Acampamento na Bienal.
Com 950 expositores, a Bienal ocupará três pavilhões em uma área de 55 mil m² do Riocentro. Ao longo de 11 dias, o evento espera receber 600 mil pessoas, sendo 170 mil estudantes.