Em 2014, os editores diminuíram o ritmo dos lançamentos, com uma redução de 8,5% no total de títulos novos. A tiragem média, no entanto, cresceu 9,3%, o que garantiu uma produção idêntica a 2013. Errar o mínimo possível foi a palavra de ordem do setor editorial que praticamente não registrou crescimento no ano passado.
Esse quadro pode ser traçado a partir das informações contidas na pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro” 2015, que aferiu os dados do mercado referentes ao ano de 2014. A pesquisa é realizada anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL). O levantamento foi divulgado hoje, dia 03 de junho, na sede do SNEL, no Rio de Janeiro. Contou com as presenças do presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira; do presidente da CBL, Luís Antonio Torelli; da coordenadora da pesquisa, Leda Paulani; e da economista da Fipe Mariana Bueno.
De acordo com a pesquisa, o crescimento nominal do setor editorial brasileiro em 2014 foi de 0,92%, resultado de um volume de vendas que gerou um faturamento total de R$ 5.4 bilhões. Esse resultado significa um crescimento real negativo de 5,16%, considerada a variação de 6,41% do IPCA no ano passado. O resultado foi muito impactado pelas vendas ao Governo, que tiveram uma variação negativa de 16% na comparação anual.
Considerando somente as vendas ao mercado, o preço médio corrente dos livros cresceu 8,22%, um aumento real de 1,7% em 2014. No acumulado dos últimos 10 anos, o preço médio dos livros diminuiu aproximadamente 40%.
A pesquisa também apresenta dados de vendas dos livros digitais no Brasil, que possui hoje um acervo de 35.000 títulos nacionais, com vendas de R$ 17 milhões. Estes dados correspondem somente aos resultados obtidos juntos às editoras que responderam e não o universo total do mercado. SNEL e CBL pretendem realizar um Censo do Livro Digital em 2016.
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