O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Dante Cid, participou na tarde desta quinta-feira (1º) de um encontro promovido pelo secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero. Na oportunidade, o representante do executivo carioca detalhou os planos da prefeitura para a candidatura do Rio de Janeiro como Capital do Livro 2025. O título é concedido desde 2001 pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Além do SNEL, participaram da reunião com o secretário, a GL Events, que organiza junto com o SNEL a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras (ABL), a Fundação Roberto Marinho, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), Pen Clube, além de representantes de órgãos dos governos estadual, municipal e federal e da Organização dos Estados Americanos.
Calero lembrou que este é um momento de somar esforços diplomáticos para a candidatura do Rio de Janeiro e destacou as oportunidades que o título trará.
“Nesse momento, com total apoio da prefeitura do Rio, nós queremos que as entidades aqui presentes trabalhem em suas redes, de maneira totalmente desburocratizada pela candidatura,” pontuou. “Com a experiência que já trazemos, inclusive das Olimpíadas, mostramos que já podemos aproveitar muito do que já é feito pela cidade, em programas que podemos potencializar com esse título”, destacou.
A cidade vencedora para o ano de 2025 será revelada pela Unesco até o fim do mês de agosto. Para Dante Cid, a eleição do Rio de Janeiro vai representar uma vitrine importante para o setor editorial de todo o país.
“Nós vamos conversar com associações internacionais de editores, trazer os nossos pares para apoiar a candidatura do Rio de Janeiro e fazer acontecer essa conquista. No ano em que a Bienal completa 40 anos, esperamos receber todos em primeiro de setembro na abertura, para comemorarmos essa conquista”, lembrou Dante Cid.
Consultora e curadora do SNEL na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, Martha Ribas ressaltou a importância da união dos esforços pelo título.
“Essa candidatura é de um tamanho gigante para toda a comunidade lusófona, para a América do Sul, pela importância da literatura como costura da cidade do Rio de Janeiro. Estar todo mundo junto por esse esforço é muito bonito, pois o título muda a vida de autores, leitores, livrarias e editores, de todas as entidades, pois vamos passar um ano juntos comemorando e trabalhando”, destacou.
Sobre a Capital Mundial do Livro
A Unesco seleciona anualmente uma cidade para se tornar a Capital Mundial do Livro, durante um período de doze meses, a partir do dia 23 de abril, conhecido como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor.
As cidades candidatas preparam um dossiê detalhando suas iniciativas e projetos destinados a promover o livro e a leitura. Além disso, a cidade escolhida assume o compromisso de difundir o livro para todas as pessoas e desenvolver programas e atividades relacionados ao tema ao longo do ano.
Recentemente, as cidades selecionadas incluíram Sharjah (2019), Kuala Lumpur (2020), Tbilisi (2021), Guadalajara (2022), Accra (2023) e Estrasburgo (2024).