Após a abertura da XVII Bienal, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros prestou uma homenagem à agente literária Karin Schindler. Pioneira no mercado brasileiro, atuou por mais de 40 anos e aposentou-se recentemente.
Ela recebeu uma placa das mãos do editor Eduardo Salomão, diretor do SNEL, em cerimônia realizada no espaço do Café Literário, no Riocentro.
Ao lado da filha Irene, Karin fez um emocionado discurso de agradecimento:
“Não vou negar que estou emocionada. Estou; e muito! O telefonema do Marcos [ da Veiga Pereira], na semana passada, foi uma surpresa maravilhosa! Quem não gosta de ser homenageado? Porém, a dizer a verdade, não sei o que fiz para merecer – exerci minhas funções da melhor maneira que sabia fazer, como aprendi com o fundador da agência, Dr. Bloch, tanto a parte técnica como a parte ética – honestidade, franqueza, transparência.
Sempre tentando “casar” autores com editoras para que os títulos publicados fossem bem-sucedidos. A final é isto que conta: encontrar leitores e estimular aqueles que ainda não tem o hábito da leitura. Alguns dias atrás vi uma reportagem na televisão: O diretor de um presidio instituiu que, a cada livro que o detento lê, da biblioteca do presido, lhe serão descontados quatro dias da pena a ser cumprida. Pelo que entendi os resultados são positivos. Pergunto: será que não é possível atrair mais leitores, sem a promessa de algum prêmio além do enriquecimento da mente pela própria leitura? Se eu puder ajudar para atingir este objetivo, sempre poderão contar com minha cooperação.”