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Darkside ganha Prêmio Alfredo Machado com roleta de brindes

Compiladas, Record e Greenbooks completaram o pódio e receberam homenagens; Prêmio é dado a editora com o estande mais bonito, acessível e interessante da Bienal do Livro

(Por Monica Ramalho, especial para o SNEL)

Este ano de 2025, o Prêmio Alfredo Machado vai para a Darkside, estreante na Bienal do Livro Rio, que apostou no preto aterrorizante, em diversas ativações e bate-papos com o público para o seu estande, considerado o mais bonito e funcional do evento. Concedida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a honraria existe desde 1991 e é uma das mais tradicionais do setor editorial. Um grupo de cenógrafos e arquitetos avaliam os estandes não apenas do ponto de vista da estética, mas da funcionalidade, da acessibilidade e de outros critérios. A entrega da estatueta acontece sempre na última noite da festa do livro. 

“Depois de 13 anos de história, os fãs pediram, e a gente investiu numa casa para a comunidade Darkside no maior evento literário do país. A gente criou espaços interativos para que todos vivessem experiências surpreendentes. Foram dez dias de encontros muito felizes na nossa estreia com casa própria na Bienal”, declarou Marcel Souto Maior, um dos sócios da editora.

Mais do que uma estatueta vistosa aos olhos, o prêmio garante à Darkside um privilégio cobiçado: a editora carioca terá prioridade na escolha de onde ficará o seu estande na próxima edição da Bienal, em 2027. O cenário vencedor é capaz de transportar os leitores para um ambiente sombrio, bem no clima da literatura que a editora produz.

Além do conteúdo, outra atração da Darkside foi a grande roleta de brindes, principal causa das filas infinitas ao redor do estande. As editoras Compiladas, Record e Greenbooks conquistaram, respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto lugar do prêmio.

Todos os expositores entram na disputa

A escolha dos vencedores do Prêmio Alfredo Machado é sempre aguardado com entusiasmo por todos os expositores, que concorrem automaticamente ao reconhecimento.

Criado em homenagem ao editor Alfredo Machado (1922–1991) – que foi presidente do SNEL, fundador da Record e desempenhou papel crucial na modernização do mercado editorial brasileiro -, o prêmio valoriza o esforço criativo das editoras na composição de suas casas provisórias na Bienal do Livro Rio, celebrando beleza, funcionalidade e impacto visual. “Ele era um verdadeiro marketeiro, que vendia livros como quem vendia sabonetes. Ele acreditava, assim, que todo mundo deveria ter acesso a livros”, comentou sua neta, Roberta Machado, diretora do SNEL.

Entre os vencedores anteriores do prêmio estão as editoras Saraiva (2009), Babel (2011), Novo Conceito (2013), Editora Zahar (2015), Editora Rocco (2017), Editora Intrínseca (2019) e a própria Record (2023). No pandêmico 2021, com a Bienal alterada para um formato experimental, não houve premiação.

* Jornalista, fotógrafa e criadora do podcast Um Oceano Delas, sobre literatura feita por mulheres.

Fotos de André Bittencourt

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