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Na celebração de seus 30 anos, Bienal do Livro Rio recebe 660 mil pessoas

Um público de 660 mil visitantes e um total de 3,5 milhões de livros vendidos. Esse é o balanço final da XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, realizada entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro. Em 2013, quando completou 30 anos, o evento contou com um número recorde de…

Um público de 660 mil visitantes e um total de 3,5 milhões de livros vendidos. Esse é o balanço final da XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, realizada entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro. Em 2013, quando completou 30 anos, o evento contou com um número recorde de 163 autores brasileiros e 25 estrangeiros – incluindo nove vindos do país homenageado deste ano, a Alemanha – além de 42 mediadores que participaram de 100 sessões de debates.

Organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Fagga | GL exhibitions, a Bienal do Livro Rio apresentou atrações para todos os tipos de público:

“Passaram por nossos corredores autores de diferentes perfis, atraindo uma plateia variada, mas é impossível não destacar a grande presença dos jovens. Eles sempre deram brilho à Bienal, mas nos últimos anos vêm se tornando o maior público leitor do país. E quem esteve no Riocentro pôde constatar isso: os jovens eram maioria tanto na plateia dos debates culturais como nas sempre animadas filas para autógrafos e compras de livros”, afirma a presidente do SNEL, Sônia Jardim, que acrescenta: “Mais importante que o número de público em si é constatar que ele é formado, de fato, por leitores cada vez mais íntimos do mundo das letras. A média de exemplares entre as pessoas que compraram livros foi de 6,4, um crescimento relevante em relação aos números da edição anterior, que foi de 5,5”,

Além de uma festa para o público, a XVI Bienal do Livro Rio marcou posição em defesa do setor editorial brasileiro desde o seu primeiro dia. Na cerimônia de abertura, Sônia Jardim defendeu a existência, no país, de uma legislação que preserve o direito do autor de não ter sua obra copiada sem remuneração; e uma mudança no Código Penal que permita a publicação de biografias sem a necessidade de aprovação prévia  do biografado ou de seus herdeiros.

“Precisamos que a legislação preserve o direito do autor de não ter sua obra copiada sem remuneração, sob pena de desincentivo à produção intelectual brasileira”, afirmou Sônia Jardim em seu discurso que, em relação às biografias, observou: “Com o novo Código Civil, quando passou a ser necessária a autorização prévia para a publicação de obras biográficas, autores e editores passaram a se sentir amedrontados com as possibilidades de ações milionárias de danos morais. Sabemos que a história de um país é contada pela vida das personalidades que, de alguma forma, vivenciam situações e momentos que merecem ser registrados”.

Na véspera do encerramento da XVI Bienal do Livro Rio, no dia 7 de setembro, o escritor Ruy Castro leu o “Manifesto dos intelectuais brasileiros contra a censura às biografias”, redigido por personalidades do meio literário como Zuenir Ventura, Rosiska Darcy de Oliveira, Cristovão Tezza, Ferreira Gullar e o próprio Castro. A leitura do documento antecedeu o debate “A vida proibida do craque”, que contou com a participação de Ruy Castro e do deputado Alessandro Molon, além de Paulo César Araújo como mediador.

Em 2015, a XVII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro será realizada entre 20 e 30 de agosto, no Riocentro.

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