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Obras Gerais se destacam em ano em que o mercado aposta em novos títulos

O segmento de Obras Gerais foi o grande destaque de 2012 do setor editorial. O ano foi marcado por mais apostas dos editores em lançamentos do que em reedições. Em termos de mercado, 2012 registrou o primeiro crescimento real de vendas ao  mercado desde 2008. Ao todo, foram vendidos 434.920.064 exemplares, o que gerou um…

O segmento de Obras Gerais foi o grande destaque de 2012 do setor editorial. O ano foi marcado por mais apostas dos editores em lançamentos do que em reedições. Em termos de mercado, 2012 registrou o primeiro crescimento real de vendas ao  mercado desde 2008. Ao todo, foram vendidos 434.920.064 exemplares, o que gerou um faturamento de R$ 4.984.612.881,04.

Essas são algumas das informações contidas na pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, que aferiu os dados do mercado referentes ao ano de 2012. A pesquisa é realizada anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL).

O resultado, divulgado no dia 30 de julho na sede do SNEL, no Rio de Janeiro, revelou que o crescimento nominal do setor editorial brasileiro em 2012 foi de 3,04%. Esse percentual significa um decréscimo real de 2,64%, considerada a variação de 5,84% do IPCA em 2012. Contudo, desconsideradas as compras feitas pelo governo, o crescimento apurado foi de 6,36%, o que significa um aumento real de 0,49%, o primeiro registrado desde 2008.

Esses números indicam que o mercado, em 2012, para o setor, foi mais contido em relação a 2011, porém, apontam para uma estabilidade no consumo de livros no país.

“Se a economia do país não está a todo vapor, isso se reflete no mercado de livros. Comparado com outros países, o Brasil ainda tem possibilidade de crescimento econômico. O consumo está relacionado com o momento da economia. Precisamos voltar a ter um PIB bom. Mas de qualquer maneira, estamos diante de um mercado estável”, afirma a presidente do SNEL, Sônia Machado Jardim.

Obras Gerais

Ao contrário do ano de 2011, no ano passado, o subsetor Obras Gerais aumentou em  7,65% suas vendas para o  mercado, o que significa um total de 108.951.867 exemplares vendidos. Também houve um aumento do número de exemplares produzidos em Obras Gerais em 8,24%, totalizando 116.813.030 unidades, o que confirma o sucesso do segmento.

Já os Religiosos, vedetes em 2011, em 2012 tiveram uma queda de 19,18% no total de exemplares vendidos. Também as vendas para o Governo, ao todo, registraram uma redução de 10,31% no ano passado em relação ao ano retrasado: 166.355.660 exemplares vendidos. Já no segmento dos Didáticos, houve uma queda de 11,09% de exemplares vendidos para o mercado.

Em 2012, foram lançados 93.204.240 novos exemplares, o que representa um aumento de 3,43% em relação a 2011. Ao mesmo tempo, as reedições apresentaram uma retração de 4,30% no ano passado em relação ao ano retrasado.

“É preciso esclarecer que o volume de vendas para o Governo não é sempre o mesmo. Varia a cada ano, de acordo com o ano escolar cujas compras estão em foco. E essa é uma oscilação a qual já estamos acostumados. O fato das Obras Gerais aumentarem a participação é um bom sinal indicativo da estabilidade do setor. Porque o livro dentro de Obras Gerais é o que o consumidor teve vontade de comprar. E o consumidor comprou esse livro, apesar da situação econômica do país não tão favorável. E o consumidor comprou também porque foi estimulado pelos editores. Houve mais lançamentos do que reedições, o que indica que o editor lançou mais livros, oferecendo mais alternativas de consumo para o leitor”, observou Sônia Jardim.

Preço médio

No total, o número de exemplares vendidos diminui em 5,43% se considerarmos apenas as vendas ao mercado, e 7,36% se considerarmos também as vendas ao Governo. Isso significa que o preço médio do livro cresceu 12,46% em 2012 considerando apenas as vendas ao mercado, interrompendo a queda contínua que vinha sendo observada desde 2004. Ainda assim temos um preço médio em termos reais 41% abaixo daquele vigente em 2004. Além disso, em Obras Gerais, o preço médio ficou estável em termos nominais (de 8,93 para 8,94), o que em termos reais significa uma queda.

Livrarias

As livrarias continuam sendo o principal meio de venda de livros no Brasil. Esse canal de comercialização registrou um aumento de 44,90% para 47,42% na sua participação no mercado. Isso gerou um faturamento de R$ 2.251.232.130,30 para o segmento, montante que corresponde a 61,36% de participação no mercado.

“Essa situação é mais um exemplo da estabilidade do mercado. O leitor habitual continuou a frequentar as livrarias. Nos anos anteriores, houve um aumento do número de consumidores com a chegada da chamada classe C ao mercado. Talvez, para o mercado de livros, esse momento é que tenha passado, ou melhor, se estabilizado”, avalia a presidente do SNEL.

E-books

A venda de e-books no Brasil aumentou em 3,5 vezes de 2011 para 2012, mas o valor total das vendas ainda é insignificante – menos de 0,01% do faturamento do setor.

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