
No dia 1º de abril, o SNEL recebeu em sua sede no Centro do Rio representantes das editoras que vão participar da Bienal do Livro do Rio. O evento, que acontece de 13 a 22 de junho no Riocentro, é organizado pelo SNEL junto com a GL Exhibitions. Na ocasião, representantes dos departamentos de comunicação das editoras foram convidados para que fossem explicadas as dinâmicas, novas e antigas, do evento. O mesmo encontro aconteceu nesta sexta, dia 4, em São Paulo, para as editoras paulistas.
“Sem expositores não há Bienal”, afirmou Tatiana Zaccaro, diretora da GL, que reforçou a importância desse primeiro encontro entre editoras e organizadores.
Também diretor da GL, Bruno Henrique lembrou que esse ano o Rio vai receber por um ano, a partir do dia 23 de abril, o título de Capital Mundial do Livro. Ele comentou sobre a importância do SNEL e da GL na construção do projeto que foi adaptado pela prefeitura para construir a candidatura da cidade.
Se a última Bienal, em 2023, foi em comemoração aos 40 anos da festa, esse ano a Bienal está focada em ser um dos pontos altos deste título internacional concedido pela UNESCO – o primeiro da História de uma cidade em língua portuguesa. “Nosso propósito de incentivar hábito da leitura ganha força com isso”, opinou Bruno Henrique.

A Bienal é hoje considerada o quarto maior evento do Rio, atrás apenas do Carnaval, do Réveillon e do Rock in Rio. Esse ano, pela cidade ser Capital Mundial do Livro, alguns planos antigos tiveram força para sair do papel, a começar pelo Book park, uma espécie de parque de diversões cujo tema é o livro.
“Não queria construir um parque de diversões e anexar à Bienal, tinha que ser uma imersão no universo do livro”, explicou Bruno Henrique, ressaltando que o conteúdo precisava ser cada vez mais forte. Além da tradicional programação cultural, que inclui até uma quadrilha literária, haverá uma roda-gigante, um labirinto e um escape room. Os palcos tradicionais, como o Apoteose, o Café Literário, a área infantil, sem contar com a Praça além da página, que investe na transversalidade da leitura, continuam funcionando. Outra novidade é o Artists Alley, área focada na literatura de quadrinho.

Gerente da GL, Guilherme Pecly lembrou que a Bienal nasceu em 1983 como feira de livros,e se mantém assim até hoje. Mas outros elementos foram sendo incorporados para tornar o encontro um momento inesquecível. “A partir dos anos 2000, a Bienal vira algo como uma possibilidade dos encontros, a Bienal dos encontros. Depois, entra a cultura pop, com todos os seus subtemas. Agora, a Bienal é uma experiência, uma espécie de Rock in Rio da literatura”, contou, ressaltando que desde 2023, a Bienal é Patrimônio Cultural Imaterial do Rio, com até o Cristo Redentor homenageando a festa. “A Bienal evolui, mas se mantém como feira do livro”, explicou.
Esse ano, a Bienal também terá um aplicativo com programação, sistema de notificação, mapa, possibilidade de compra de ingresso e uma lista de expositores. O esquema com ônibus privados saindo de vários pontos do Rio vai se repetir. Tudo para manter a Bienal o sucesso que ela já é.