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XVI Bienal do Livro começa com defesa de biografias e direitos autorais

A defesa de uma legislação que preserve o direito do autor de não ter sua obra copiada sem remuneração, “sob pena de desincentivo à produção intelectual brasileira” e de uma mudança no Código Penal que permita a publicação de biografias sem a necessidade de aprovação prévia  do biografado ou de seus herdeiros foram  enfatizados no…

A defesa de uma legislação que preserve o direito do autor de não ter sua obra copiada sem remuneração, “sob pena de desincentivo à produção intelectual brasileira” e de uma mudança no Código Penal que permita a publicação de biografias sem a necessidade de aprovação prévia  do biografado ou de seus herdeiros foram  enfatizados no discurso da presidente do  Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Machado Jardim, feito na cerimônia de abertura da XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, hoje, 29 de agosto, no RioCentro.

O evento contou com a presença da ministra da Cultura Marta Suplicy; dos secretários estadual e municipal de cultura do Rio de Janeiro, respectivamente, Adriana Rattes e Sérgio Sá Leitão; do cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Harald Klein; do vice-presidente do Instituto Goethe, Wolfgang Bader; do secretário de estado de Cultura de Portutal, Jorge Barreto Xavier e do presidente da Fagga Eventos,  Arthur Repsold. Os atores Antonio Calloni e Julia Lemmertz foram os mestres de cerimônia e Alexandre Borges fez leitura de poema.

A ministra Marta Suplicy destacou a importância do Vale Cultura que será lançado em outubro. Ela fez um apelo para que as livrarias coloquem “bem grandão” avisos de que aceitam o vale na compra de livros, em seus estabelecimentos.

A ministra também enfatizou a importância do retorno da estrutura do Plano Nacional do Livro e Leitura para o âmbito do Governo que esteve sob a coordenação da Biblioteca Nacional. Marta Suplicy também falou sobre a nova Lei dos Direitos Autorais que está para ser votada.

“A internet existe e não podemos ignorar isso. Porém, o autor tem que viver do que cria. Temos clareza quanto a isso. Essa é uma jornada deste século. Sabemos da importância da decisão que vamos tomar”, afirmou.

A secretária de Cultura  Estado, Adriana Rattes, informou que o governo comprou, este ano, 150 mil livros para bibliotecas e lançou editais de incentivo à leitura no valor de R$ 3 milhões. Foi com satisfação que lembrou que, na Bienal passada, foi a Biblioteca Parque de Manguinhos a agraciada com o prêmio José Olympio, dado pelo SNEL, e que, em setembro, o governo estadual vai inaugurar sua 4ª Biblioteca Parque, desta vez, no morro do Alemão.

O secretário municipal Sérgio Sá Leitão afirmou que as “bandeiras políticas do SNEL são bandeiras que precisam ser compartilhadas e incluídas na agenda do país”. Ele reconheceu que o governo municipal ficou “ausente” de uma política de livro e leitura e de incentivo do setor editorial. Porém, já está revertendo essa situação com o lançamento de editais para publicação de livros relacionados com a cultura da cidade e que essas iniciativas devem ser ampliadas.

O cônsul alemão Haraald Klein comemorou a homenagem da Bienal à Alemanha por acreditar que iniciativas desse tipo vão ajudar a criar um intercâmbio cultural de caráter mais permanente entre os dois países. Ele informou que dos 11 autores alemãs que formam a comitiva oficial do país na Bienal, seis ficarão mais quatro meses no Brasil, após o evento “para conhecer melhor diferentes cidades”. Sobre a Feira de Frankfurt que vai homenagear o Brasil, ele afirmou que espera poder retribuir, na cidade alemã”, a “hospitalidade carioca”.

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