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Seminário Internacional vai debater a política do preço fixo do livro

Para iniciar um debate qualificado no Brasil sobre política de preço fixo do livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) realizará um seminário internacional sobre o tema com palestrantes de países que adotam ou já adotaram a prática, seguido de um debate com profissionais do mercado brasileiro sobre o panorama atual de nossa…

Para iniciar um debate qualificado no Brasil sobre política de preço fixo do livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) realizará um seminário internacional sobre o tema com palestrantes de países que adotam ou já adotaram a prática, seguido de um debate com profissionais do mercado brasileiro sobre o panorama atual de nossa indústria.

O “Seminário Internacional sobre Preço Fixo do Livro” acontecerá no dia 17 de novembro, das 10h às 17h, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) – auditório Copacabana, na Av. Graça Aranha 1/13º andar, Cinelândia – RJ.

A necessidade de se discutir o assunto para uma eventual adoção do preço fixo do livro no Brasil foi explicitada pelo SNEL em uma Carta Aberta que o Sindicato enviou, no último mês de setembro, para os candidatos à Presidência da República que ocupavam as três primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto.

O documento informa que o preço fixo do livro tem por objetivo incentivar a diversidade, não apenas na produção editorial, mas também na sua distribuição e comercialização.

“A intenção do Snel ao organizar, promover e patrocinar este Seminário é aprender com as experiências internacionais e debater se uma lei de Preço Fixo do Livro seria adequada ou não às características do mercado brasileiro. Acreditamos que o assunto é bastante complexo, demandando muita reflexão e análise. Por isso, entendemos ser fundamental a participação de editores, livreiros, distribuidores, legisladores e imprensa”, afirma Sônia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros.

Participarão do seminário Sam Edenborough, presidente da Associação de Autores e Agentes do Reino Unido; Jean-Guy Boin, diretor do Escritório Internacional da Edição Francesa (BIEF), e Joachim Kaufmann, vice-presidente do Bonnier Books New Markets. Eles farão palestras, na primeira parte do evento, sobre a experiência da Lei do Preço Fixo do Livro, respectivamente, no Reino Unido, França e Alemanha.
Na segunda parte, haverá um debate tendo como tema “O Mercado Brasileiro e a Lei do Preço Fixo do Livro” do qual participarão representantes da cadeia produtiva do livro no Brasil: Marcos da Veiga Pereira (Editora Sextante); Marcus Teles Cardoso de Carvalho, Diretor Presidente da Livraria Leitura; e Gustavo Martins de Almeida, advogado especialista em direitos autorais. A mediação ficará por conta do jornalista Jerônimo Teixeira (Veja).

Perfil dos participantes

Sm Edenborough
Diretor da agência literária ILA, com sede em Londres. Também é presidente da Associação dos Agentes de Autores (AAA), uma associação sem fins lucrativos que reúne 100 agências literárias com sede no Reino Unido. A Associação funciona como um fórum onde seus membros podem discutir questões relacionadas com o setor editorial, unificando o discurso das agências literárias em relação aos assuntos públicos e nos meios de comunicação, além de ajudar a estabelecer um código de conduta para seus membros a fim de promover as melhores práticas comerciais. Sam se formou em Brasenose College, em Oxford, com um mestrado em Língua e Literatura inglesa. Em 1997, começou sua carreira no mercado editorial na A M Heath & Co., uma das agências literárias mais antigas estabelecidas no Reino Unido. Depois de trabalhar como agente de direitos estrangeiros em Andrew Nurnberg Associates (2000-2001), ingressou na ILA onde representa os direitos de tradução dos clientes no Brasil, Holanda, Itália e Escandinávia.

Jean-Guy Boin
Economista e sociólogo, assumiu várias funções em diferentes setores do mercado editorial na França. Professor universitário, foi responsável por estágios em publicação e vendas de livros. Chefiou o departamento da cadeia produtiva do livro do Ministério da Cultura. Desde 2000, é Diretor do BIEF, órgão responsável pela promoção internacional da produção editorial francesa. É co-autor, com Jean-Marie Bouvaist, de duas obras sobre pequenas editoras e autor de artigos sobre publicação, venda e distribuição de livros.

Joachim Kaufmann
Desde 1992, trabalhou nas áreas de vendas e marketing em diferentes editoras como Herder, Christophorus, Random House, Carlsen e Ravensburger. Desde 2010, ele também faz parte do Conselho do grupo de mídia Bonnier Publishing Group. Além disso, ele é Vice-Presidente da Bonnier Books New Markets (braço da Bonnier voltado para aquisições estratégicas e desenvolvimento de novas áreas de negócio dentro do segmento de livros) e Presidente do Conselho de operações do segmento livro da Bonnier na Polônia. Joachim Kaufmann nasceu em uma família de editores e é acionista e Presidente do Conselho da Kaufmann Publishing House, uma editora familiar, fundada em 1816. Ele também é o representante alemão no Comitê Executivo da Internacional Publishers Association (IPA).

Marcos da Veiga Pereira
Carioca, faz parte da terceira geração de uma tradicional família de editores. É neto de José Olympio e filho de Geraldo Jordão Pereira. Engenheiro de formação, iniciou sua carreira na Salamandra, editora fundada por seu pai, em 1981, aos 17 anos de idade. Teve a oportunidade de publicar toda a nova geração de autores infanto-juvenis, como Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Sylvia Orthof e Marina Colasanti. Em 1997, com a venda da Salamandra para a Editora Moderna, assume a direção de marketing do grupo, cargo que exerce de 1999 a 2001. A partir deste ano se dedica exclusivamente à Sextante, editora criada com o pai e o irmão Tomás, que passa a ocupar um espaço importante na indústria editorial publicando livros de auto-ajuda, espiritualidade e negócios, com grande sucesso. Sua primeira investida na ficção foi em 2004 com a publicação do fenômeno de vendas “O Código Da Vinci”. Marcos foi vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro entre 2003 e 2006 e é membro da diretoria do Sindicato Nacional dos Editores de Livros desde 2003, entidade para a qual é candidato à presidência neste ano.

Marcus Teles Cardoso de Carvalho
Em 1967, Emidio Teles inaugurou a então Livraria Lê, em Belo Horizonte, rebatizada Leitura em 1975. Seu irmão caçula, Marcus Teles, ajudava na loja, desempenhando tarefas como office boy e na limpeza, até ser contratado como balconista. Em 1988, Marcus Teles assumiu a gerência. Naquele mesmo ano, a Leitura se tornou uma das primeiras livrarias do Brasil a atuar no ramo de megastore, com grande variedade de produtos de cultura e entretenimento. Atualmente, Marcus Teles tem participação em cerca de 30 lojas. A rede iniciou 2014 com 44 lojas e terminará o ano com 53, distribuídas em 15 unidades da federação. Marcus ocupa o cargo de Diretor Presidente desde 2005. Ele também é diretor da CBL e da ANL .

Gustavo Martins de Almeida
Carioca, é advogado e professor da Escola Superior da Advocacia (ESA) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e membro da Comissão de Direito Autoral da OAB-RJ. Mestre em Direito, atua na área cível e de direito autoral. É advogado do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e colunista do Publishnews.

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